Sustainable Development Goals


HELENA MARIA MENEZES ME
Pessoa Jurídica com Fins Lucrativos
About
Neta de desbravadores paulistas de Itararé que desceram a trilha de Jaguariaiva e Ortigueira (antiga Queimadas) e se instalaram em Marilândia do Sul, perto de Apucarana. Descendentes de imigrantes, as famílias vieram juntas e seus nomes constam dos documentos da fundação da pequena cidade. O avô paterno açoriano veio casado com a avó italiana cujo tempero era ótimo, trazido do Vêneto. Do lado materno, um avô tropeiro de olhos azuis, que anos depois se descobriu por seus costumes, ser judeu. Desceu solteiro a trilha e casou com uma indígena de São Jerônimo da Serra, que a ensinou cozinhar no fogão de lenha. Cresceu ouvindo as histórias das travessias, por vezes desacreditou das mesmas, achando impossível a queima de um taquaral à beira de um rio. Somente estudando a história do Paraná, entendeu o porquê de “Queimadas” ser o nome da cidade na certidão de nascimento da minha mãe.
No trabalho como chefe de cozinha desde 1989, vislumbrou a possibilidade de contar a história dos pratos das fazendas do Paraná. Auxiliada pela pesquisa e troca de informações com clientes, o projeto lançou corpo e ganhou o peso da paixão com que sempre se entreguou à cozinha. Em aulas ministradas para o público de Gastronomia, repassa a expertise de anos trabalhando com receitas com pinhão, ressaltando o orgulho e a necessidade de criar uma identidade culinária para o Paraná, agregando valor à semente-símbolo e lutando para a retirada da Araucária da Lista de Extinção. Especializada também em Barreado, o prato que representa o Paraná. Os Açorianos, judeus novos cristãos, trouxeram em 1720 a iguaria, entrando com seus navios por Antonina, no litoral paranaense em busca de ouro da primeira mina do Brasil, no Rio Ñundiaquara. Chamado de Adafeena, tem o cominho como tempero principal.
Na Inquisição portuguesa, os padres católicos dos Açores faziam vista grossa para os costumes judeus, que guardavam os três sábados importantes da religião. “Eles se recusam a perder o hábito de comer a comida judaica de olleta de adafinas e manjares”, diziam eles, em uma alusão clara ao prato feito nos vapores quentes dos vulcões inativos, cuja panela após barreada a tampa com argila, descia nos buracos amarrada por cordas. Nas areias de Antonina panelas de barro foram presenteadas aos indígenas, ilhéus pescadores e ensinado a eles como deveriam ser enterradas nas valas contendo brasas, após a tampa ser barreada com grude de farinha e água, protegida por folhas de bananeiras para evitar a entrada da areia. O costume açoriano foi desta forma, preservado e permanece no fogo por 24 quatros horas rituais. O cozido judeu ganhou dos caiçaras uma vestimenta colorida de farinhas, laranjas, bananas e pimentas. Oferecido nas cidades de Paranaguá e Morretes, tornou-se prato típico do Paraná. Subiu a serra nos anos 90, e agora é servido também em Curitiba. A colônia judaica pode assim, festejar a comida de Abraão descrita no Leste Europeu como “chamin”, do hebreu arameu mencionado no Mishnah -Tratado del Shabbat, originado de "shelan", "o que descansa", numa menção a Deus que descansou no sétimo dia. Entre os judeus eslavos ashkenazi é chamado de Shalet. A simbología do judaísmo, é que nestes dias, a alma é sustentada por uma “alma extra”, um poder do fogo sagrado nascido do coração que a tudo ilumina.
CURRÍCULO
- Chefe de Cozinha especializada em Comida Típica do Paraná, cuja proposta é apresentar a personalidade culinária sulista na Gastronomia do país. O bufê apresentado contém em si, a história dos pratos da região. Fortaleceu a presença do pinhão servindo o Imperador do Japão por duas vezes, em jantar em Brasília criando o prato Codorna do Imperador. Em Curitiba, em bufê montado no Jardim Botânico, apresentou o barreado e a kyrera da Lapa ao casal Imperial. À frente do Estrela da Terra ganhou com sua equipe vários prêmios, entre eles a Estrela do Guia Quatro Rodas pela Qualidade da Cozinha, também da Revista Veja e Revista Gula. Um ano à frente do restaurante do Clube Concórdia, foi premiada pelo governo alemão de Baden-Wurtembërg, para cozinhar com todas as despesas pagas durante 15 dias, a comida típica com pinhão em um Hotel Cinco Estrelas durante a Feira de Stuttgart, em janeiro de 2011. O convite foi feito por Richard Drautz, Ministro de Economia da Alemanha e reiterado por Hans Dieter Frey, Gerente do Departamento de Política e Comércio Exterior e pela Embaixada da Alemanha em Curitiba.
- Escritora de Gastronomia – Em seu primeiro trabalho descreveu a história do Paraná e o livro PINHÃO INDÍGENA foi levado à todas as bibliotecas do país, presenteado pela Fecomércio, que patrocinou a publicação da obra que apresenta a gastronomia paranaense, contada desde os indígenas passando pelos tropeiros até os imigrantes atuais. No atual trabalho O Pão da Verdade a ser publicado, descreve a história da chegada dos imigrantes ao Paraná, que trouxeram a multiplicidade de sabores aos pratos do Sul.
- Professora de Culinária - Ostenta o título de única chefe especializada em comidas com pinhão. O título propiciou o convite da FUPEF/UFPR para coordenar as Oficinas de Gastronomia dentro do Projeto Pinhão do Brasil, que visa a retirada da Araucária da Lista de Extinção, agregando valor à semente através da culinária. Os cursos são ministrados nos municípios que atuam no Turismo de visitação às Florestas de Araucárias das Rotas do Pinhão.
- Secretária Executiva de profissão, começou no Gabinete do Prefeito Jaime Lerner. Atuou também como Secretária da Presidência da Nutrimental, quando teve oportunidade de fazer pós-graduação em História da Alimentação na UFPR, integrando a equipe do Grupo de Pesquisadores da Universidade.
Founding date
calendar_today17/06/2013
Project's operating locations
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Paraná
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Curitiba - PR
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São José dos Pinhais - PR
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Pinhais - PR
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Antonina - PR
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Morretes - PR
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Castro - PR
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Tibagi - PR
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Palmeira - PR
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Ortigueira - PR
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Telêmaco Borba - PR
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Lapa - PR
Area of practice
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Arts and Culture
Subarea
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Audiovisual
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Literature
Target Audience
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Childhood and Adolescence
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Youth
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Elderly
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Women
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LGBTQIA+
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People with disabilities
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Black Community
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Indigenous Peoples and Traditional Communities